O varejo terá desafio DUPLO com a crise

Pesquisa trimestral mostra futuro preocupante para tecnologia e varejo

Pela primeira vez, em quase 20 anos, a economia brasileira tem um impacto DEVASTADOR no mercado de tecnologia. Em recente pesquisa junto a 2.500 empresários de tecnologia do mercado brasileiro, 30% apontou ter faturado menos no primeiro semestre de 2014 comparativamente ao primeiro semestre de 2013. Os resultados do primeiro trimestre foram ruins, mas do segundo trimestre foram péssimos. Os empresários, pela primeira vez na história, estão alarmados e projetam um crescimento de 6.65% para um mercado que vinha crescendo, nos últimos 20 anos, a taxas de 12 a 13% ao ano.

Os executivos de empresas menores estão mais otimistas. Chegam a prever um crescimento de 12% para o mercado de tecnologia e de até 3% de crescimento para o PIB. Estes mesmos empresários tem relatado, nas últimas 6 pesquisas trimestrais que fizemos, que o seu resultado “efetivo” foi abaixo do “planejado”. Portanto, este “otimismo” dos executivos de empresas menores não se reflete em realidade. Mesmo assim, eles continuam com expectativas otimistas e, na próxima pesquisa, irão relatar que, novamente, não atingiram seu planejado.

Os executivos de empresas maiores tem mais e melhores informações sobre o mercado e conseguem prever com mais precisão os impactos da economia no crescimento do mercado brasileiro de tecnologia, e nas últimas 6 pesquisas trimestrais, relataram ter um resultado “efetivo” igual ao “planejado”. Estas empresas maiores se reposicionaram no mercado, ainda no final de 2013, lançando novas ofertas e buscando novos mercados, com um investimento de marketing e vendas que está fora do alcance do pequeno empresário.

O planejamento e a disciplina na execução tem feito com que as empresas maiores tenham melhores resultados dos que as empresas menores, então, o dinheiro está mudando de mãos, acelerando o processo de consolidação de mercado.

O mercado brasileiro de tecnologia, que nos últimos 10 anos tem sido o primeiro colocado em número de transações de fusões e aquisições, registra agora, que 61% dos entrevistados está interessado em vender total ou parcialmente sua empresa. Os empresários menores citam como uma das principais preocupações, para os próximos 2 anos, a sucessão empresarial.

Mas as empresas não deveriam estar buscando tecnologia como forma de minimizar os impactos da crise?  Usar a tecnologia para reduzir custos e aumentar as vendas?

Segundo a pesquisa, os empresários de tecnologia nunca geraram tantas propostas, mas “o fechamento simplesmente não acontece”, mesmo colocando todos os esforços e recursos possíveis na área de vendas. A grande exceção são os parceiros de grandes empresas de ERP (Sistemas de Gestão Empresarial) que estão vendendo muito mais do que conseguem entregar.

Esta crise tem feito com que as empresas de tecnologia foquem suas equipe de vendas em clientes maiores, ao invés do famoso SMB (pequenas e médias empresas). Esta estratégia só vai dificultar ainda mais as vendas – já que o “lago” onde ficam as grandes empresas é bem menor e todos estarão tentando pescar lá.

As eleições passam a ser uma preocupação cada vez maior. Os entrevistados dizem que a insegurança sobre o resultado tem feito com que seus clientes “coloquem o pé no freio”. Cerca de 30% citaram o fato de que, nos próximos meses, teremos uma “guerra sanguinolenta” no cenário eleitoral – assustando investidores e tornando os clientes mais cautelosos em investimentos com tecnologia.

Os empresários acham que a crise se estenderá até 2016 e ela está sendo, infelizmente, muito perniciosa e implacável com os pequenos empresários de tecnologia. Este pequeno empresário de tecnologia tinha pequenos clientes e os ajudava a usar a tecnologia para sair da crise, então, o pequeno empresário, de tecnologia ou não, sofrerá muito com a crise.

Mas o que o varejo tem com isto?

O varejo é formado, em grande maioria, por empresas de porte pequeno e médio. O varejo, cada vez mais, depende de tecnologia para ter competitividade, margens saudáveis e bom atendimento ao consumidor.

O varejo já sofrendo, sobremaneira, com a crise econômica e, agora, vai sofrer ainda mais porque faltarão empresas de tecnologia para ajudá-los. O varejo sofrerá DUPLAMENTE com a crise.

Para minimizar este impacto o varejista deverá, imediatamente, buscar parceiros de tecnologia que possam ajudá-lo a reduzir custos e aumentar as vendas com a tecnologia – e estabelecer uma parceria que dê sobrevivência e crescimento para as duas empresas. Será necessário ter relações simbióticas onde os dois saiam ganhando.

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http://onegociodovarejo.com.br/o-varejo-tera-desafio-duplo-com-crise/

Como o e-commerce está mudando

As novas tecnologias permitem um e-commerce muito mais “inteligente” – capaz de entender o cliente e recomendar produtos

Os grandes varejistas entendem as oportunidades e ameaças do mundo digital e se mostram preocupados.

O Google e a Amazon passaram a ser grandes e fortes concorrentes. No final de 2013 a Amazon “entupiu” a FEDEX de pacotes para entregar até 25 de Dezembro, como consequência a maioria dos outros clientes da FEDEX tiveram seus pacotes atrasados. A Amazon passou a abrir lojas físicas como uma forma de integração de os mundos virtuais e físicos, deixando os demais varejistas ainda mais preocupados.

As novas tecnologias permitem um e-commerce muito mais “inteligente” – capaz de entender o cliente e recomendar produtos.

Algumas poucas modificações no seu e-commerce e os resultados crescem rapidamente. Algumas empresas começam a evoluir seus sites de comércio eletrônico levando-os a um alto nível de sofisticação com:

• Hoje 80% do acesso feito ao Facebook é via MOBILE, então, o site de comércio eletrônico tem que funcionar muito bem em celulares e tablets. Tem muita empresa que o site usa tecnologia FLASH e não roda em iPhone.
• Uso de “responsive design” para que o mesmo código seja utilizado na web, celular e tablet, ou seja, um desenvolvimento único que se adapta para 3 interfaces diferentes.
• Uso de sistema de tracking para registrar todos os passos de navegação do cliente, permitindo análise do seu interesse e hábitos e preferências de consumo. Aqui geramos um “big data”.
• Permitir que o usuário tenha acesso a lista do que ele comprou na loja (física ou eletrônica) no passado, e permitir que o usuário guarde o tamanho do vestuário dos seus familiares e amigos. Os varejistas perceberam que isto fideliza, em especial, o público masculino que não quer errar na hora de comprar presentes.
• Inclusão do botão “recomprar”. Os varejistas perceberam que os clientes adoram ter a facilidade de recomprar produtos, eventualmente, mudando a cor ou estampagem.
• Inclusão do botão “add to my wishing list”. Até então o wishing list estava sendo utilizado para que o consumir registrasse o que gostaria de ganhar e a lista era publicado para amigos e familiares que poderiam presentear o consumidor. Agora, o wishing list ganhou uma nova função: registrar o que o consumidor quer comprar para que, quando ele estiver no shopping, ele possa “brincar” ou experimentar com os produtos da sua lista.
• Inclusão do botão “one click shopping” onde o consumidor faz a compra com um único click.
• Inclusão de REVIEWS – onde o consumidor pode ver comentários de outros consumidores sobre o produto e a empresa que está fornecendo. Os sites mais elaborados estão integrados com o Facebook, então, o consumidor pode ver, prioritariamente, os comentários dos seus amigos.
• Uso REDUZIDO de informações. Os varejistas perceberam que não adianta mostrar 60.000 itens para o consumidor porque ele ficará confuso e não comprará. Então, o BIG DATA faz muito sentido aqui. Tem que analisar os dados do cliente e mostrar para ele apenas os produtos com alta probabilidade de compra. No celular é ainda mais crítico e importante fazer o que eles estão chamando de COMPRESSION (mostrar apenas alguns produtos), já que dá para mostrar apenas uns 10 ou 20 produtos.

E até pouco tempo atrás tinha gente que não acredita no e-commerce. E, hoje em dia, tem gente usando o e-commerce de maneira primária. Enquanto isto, quem tem um bom e-commerce está vendendo e ganhando muito espaço no mercado.

Artigo publicado no web-site: http://onegociodovarejo.com.br/como-o-e-commerce-esta-mudando/

Big Data

Agora sabemos que a atualização dos dados tem que ser feita em toda e qualquer interação com o cliente

O tema de big data não é novidade, mas, agora, começam a surgir alguns casos de sucesso que comprovam os benefícios do tema. É interessante ver com o varejo evoluirá o conceito do cartão de fidelidade, que hoje registra apenas os produtos comprados na loja, em breve, registrarão também:

• Quando o cliente compra – para mandarem promoções nas melhores datas;
• Como o cliente compra (físico, Internet, mobile) – para mandarem informações e promoções para onde ele estará;
• Como o cliente paga – para mandarem promoções de acordo com seus hábitos e preferências;
• Como o cliente navega dentro do web-site e em que áreas, produtos e promoções ele clicou;
• Como o cliente andou dentro da loja, para que peças de marketing ele olhou e qual a reação (estado de humor) que ele teve.

O uso de sensores e dispositivos “vestíveis” (wearable devices) muda totalmente o conceito da geração da informação. Eu comprei uma pulseira que sabe quanto eu ando e corro por dia, sabe quando eu durmo e quando eu acordo, mede meu nível de stress, sabe quando eu como. A pulseira se comunica com a balança que está no meu banheiro, com meu celular e com o meu PC. Juntos, eles monitoram minha saúde. Eu compartilho estes dados com o meu médico que, remotamente, me diz se estou indo bem. Eu poderia compartilhar meus dados com a loja de calçados que me recomendaria o melhor tênis para as atividades físicas que eu faço.

Aqui, no Brasil, já temos algumas empresas trabalhando muito bem o conceito de Big Data. Uma dela, a Neoway, busca informações sobre empresas em várias fontes, consolida e analisa os dados, e gera informações e recomendações para os bancos. A outra, Simbiose, busca informações sobre pessoas físicas em várias fontes, consolida e analisa os dados, e permite que varejistas como Pão de Açúcar e Magazine Luíza possam mandar a melhor campanhas e promoções para cada uma das pessoas cadastradas.

Estas duas empresas são agentes consolidadores de informações e provavelmente esta é uma grande tendência – empresas “agregadoras” de informações que prestarão os serviços de Big Data.

Hoje, ainda a maioria dos dados contém um monte de “sujeira”, ou seja, são dados incompletos e desatualizados. Por anos, o pessoal do marketing tentou vários métodos para limpar os dados, que depois seriam utilizados para analisar e decidir ações. Agora sabemos que a atualização dos dados tem que ser feita em toda e qualquer interação com o cliente e que temos que montar as regras de negócios e aplicar ONLINE REALTIME.

Quando o cliente entra em uma loja, o software tem que analisar o seu perfil, cruzar com o estoque da loja e prazo de validade dos produtos, e decidir qual o melhor produto para oferecer para o cliente.

Com as tecnologias de proximidade e contextualização poderemos enviar mensagens para os consumidores de acordo com o “contexto”, ou seja, dependendo de onde ele estiver e do que estiver fazendo.

Um exemplo, muito MUITO básico disto, aconteceu comigo. Cheguei em New York, abri meu notebook e acessei o site de notícias do UOL, como faço todos os dias. Pela primeira vez eu prestei atenção ao banner com a publicidade. Motivo, apareceu a propaganda da peça da Broadway que eu queira assistir. O site do UOL sabia, pelo meu endereço IP, que eu esta em New York e mostrou algo que me interessava.

O Big Data vai mudar, radicalmente, a forma como é feito o Marketing.

Artigo publicado no web-site: http://onegociodovarejo.com.br/big-data/

A Loja do Futuro

Durante todo o processo, o cliente está conectado à Internet, falando com seus amigos e compartilhando sua experiência de compra.

No começo do ano assisti uma apresentação que me impactou fortemente. Nadia Shouraboura, CEO da Hointer, mostrou sua cadeia de lojas que usam o topo da tecnologia para re-inventar a experiência do consumidor.

Nadia era Vice-Presidente de Operação Mundial da Amazon e acreditava que o varejo precisava ser re-inventado. Ela tentou convencer vários varejistas, mas eles não se sensibilizaram em mudar. Então, ela resolveu sair da Amazon e abrir sua própria loja usando conceitos altamente inovadores.

Para começar separou a loja em dois espaços físicos: uma parte para fazer o papel de um mini centro de distribuição e outra parte para atendimentos aos clientes. O mini centro de distribuição atende a loja e, também, distribui os produtos comprados via comércio eletrônico para os endereços da região. Quando falta produto em um dos centros de distribuição o sistema busca e realoca a do centro mais próximo.

O cliente entra na loja e, antes de mais nada, se conecta usando o seu celular ou tablet. Se quiser poderá usar um dos tablets da loja que ficam à disposição de clientes. A loja tem apenas um item de cada produto. O cliente pega o produto e “lê” o código de barras com seu celular ou tablet. Na hora aparecem as informações detalhadas do produto, preço, cores e tamanhos disponíveis no estoque da loja e das lojas próximas. Se o cliente já esteva na loja, então, o sistema conhece todas as medidas do cliente e oferecerá apenas itens e produtos na medida correta do cliente.

O cliente clica no botão “quero experimentar o produto” e continua olhando e escolhendo os produtos. Quando o cliente está pronto para experimentar os produtos, ele clica em “quero ir ao provador”. O sistema avisa qual o número do provador que está disponível para ele. Chegando lá, ele vê todos os produtos que ele tinha selecionado, na cor e tamanho desejados. O provador tem um “escorregador” ligado ao mini centro de distribuição, que pega os produtos selecionados pelo cliente e manda para o provador. O cliente prova e joga a roupa que não serviu (ou que ele não quer) em outro escorregador que volta para o mini centro de distribuição. As roupas não devolvidas ficarão na lista de compras do cliente. Assim que ele terminar as escolhas, o cliente simplesmente clica em “pagar”, pega suas roupas e vai embora.

O vendedor não participa das tarefas operacionais como levar ou buscar produtos no provador, nem sequer do pagamento. O vendedor passa a ter o papel fundamental de CONSULTOR, ajudando o cliente na escolha dos melhores produtos.

Durante todo o processo, o cliente está conectado à Internet, falando com seus amigos e compartilhando sua experiência de compra. Como diz Nadia: Be social, Be open (transparente) and Be captivating.

Fico imaginando o novo processo de compras do consumidor. O consumidor vê uma propaganda na TV, o celular “ouve” o anúncio ou programação trazendo o produto, o consumidor lê sobre o produto e coloca na “lista de desejos”, o consumidor vai até a loja física, “brinca” com um kiosk que o identificou assim que ele se aproximou e mostrou produtos e promoções especiais para ele. Então, o consumidor “brinca” com os produtos e é extremamente bem atendido pelo vendedor (que tem um tablet com acesso ao perfil do cliente e recomendações de atendimento e de produto para ele). O consumidor decide, de dentro da loja física, comprar o produto através do e-commerce no seu celular.

Este tipo de tecnologia e da aplicação da tecnologia irá revolucionar o varejo eletrônico e o varejo tradicional, trazendo grande eficiência operacional e aumento dos lucros. Ah, e mais importante ainda, esta tecnologia trará uma nova experiência ao consumidor, com muito mais qualidade e diversão.

Publicado em: http://onegociodovarejo.com.br/loja-futuro/

O Novo Varejo

A maioria dos varejistas americanos continuam pensando que o crescimento do seu negócio será através de “mais lojas físicas” como foi nos últimos anos. Eles não conseguem entender como o mundo digital está evoluindo rápido. A grande maioria das lojas nos USA sequer oferecem Wi-Fi a seus clientes.

O varejo, hoje, é composto por 3 elementos

• Arquitetura e Design
• Atendimento
• Tecnologia

O varejo, hoje, é impactado por 4 vetores:

• Loja física – está sendo totalmente repensada e reformulada. No passado as lojas eram uma “caixa” atulhada de produtos. As lojas passarão a ser show-room, agradáveis, divertidas e com bom atendimento. Quanto mais “vidro” na vitrine, mais convidativa para entrar.
  • Antigamente o cliente queria chegar, comprar rápido e ir embora. Por isto, as lojas tinham grandes estacionamentos. Hoje, o consumidor compra rápido pela Internet. Quando vai na loja busca suprir outras necessidades, em especial, a de “touch and feel” (tocar e sentir) o produto – adicionando um componente lúdico. A compra tem que transformar numa brincadeira que você vai e faz com os seus amigos. As redes sociais são a alternativa para quando os amigos não estão fisicamente presentes durante a compra.
  • A loja terá que passar a mensagem do “GET IT NOW”, o que não significa que o cliente sairá da loja com o produto. Os estoques tendem a ser reduzidos e a compra final passará, cada vez mais, a ter entrega via comércio eletrônico.
  • Shoppings serão lugares atrativos, com bons bares, restaurantes, cinemas, teatros, “estacionamento de maridos e filhos”, e outras formas de seduzir o consumidor a ficar várias horas passeando e comprando. Pais e filhos tem que estar satisfeitos com o local para dar tranquilidade para a mãe comprar…
  • Lojas e Shoppings terão que ter GLAMOUR !!!
  • Pessoas felizes compram mais. Na Starbucks os clientes ficam horas lá consumindo…
• Loja virtual – tem que estar totalmente integrada com a loja física. Muitos lojistas erraram, no passado, vendendo ou terceirizando suas operações de loja virtual.
• Dispositivos – também devem estar totalmente integrados e o “responsive design” permite que um único “código” seja utilizado para web, celular e tablet. O foco do desenvolvimento passa a ser o cliente e não o dispositivo que está sendo acessado.
• Redes sociais – são parte importante do processo de compras. O consumidor gosta de compartilhar com seus amigos que irá comprar, o que está comprando e o que já comprou. As redes sociais são um elemento fundamental de referências, reduzindo o ciclo da venda. Os lojistas devem possibilitar e incentivar que o cliente use as redes sociais de dentro da loja.

O varejo, do jeito que conhecemos hoje, está com seus dias contados. É uma grande EVOLUÇÃO, e, como diz Darwin “quem sobrevive não é o mais forte, nem o mais inteligente. Quem sobrevive é aquele que se adapta mais rapidamente”.

Entender as mudanças é um grande desafio. Talvez seja mais difícil entender as mudanças do que mudar efetivamente. Então, quanto antes você começar melhor será.

Publicado em: http://onegociodovarejo.com.br/o-novo-varejo/

Eu vejo você

Muito provavelmente teremos, em breve, dispositivos “vestíveis” como o Google Glass para a equipe de vendas.

A rápida evolução da tecnologia me surpreende. Já começo a me sentir como um Jetson.

A CES (Consumer Electronic Show) tem mostrado, ano após ano, a grande evolução dos aparelhos de TVs. Cada vez maiores e mais baratos, passam a ser adotados pelas empresas, em larga escala e como forma de “sinalização eletrônica” (digital signage). A Times Square está, a cada ano que passa, com telões maiores e de maior qualidade. Em breve, teremos TVs de 5 metros “touch-screen” em escala comercial. As novidades ficaram por conta de TVs de Tela Curva (como se fossem as telas dos antigos cinemas), TVs de Tela Flexível, e sistemas MULT-TOUCH onde você consegue trabalhar na tela da TVs usando as duas mãos e todos os dedos simultaneamente – só que cada um dos toques é reconhecido e interpretado, ou seja, dez comandos ao mesmo tempo. No último filme Star Trek ele usavam este tipo de equipamento na ponte de comando da Enterprise.

Já alguns anos que eu uso, no meu iPhone, o aplicativo SOUNDHOUND, que hoje conta com mais de 185 milhões de downloads. O aplicativo “OUVE” a música que está tocando e, rapidamente, a identifica e traz as informações sobre a música, o artista, a letra, e outras curiosidade, permite que você assista o vídeo clipe no YouTube, com as diversas versões disponíveis, e que, obviamente, compre a música.

A novidade este ano são os aplicativos que “ouvem” o que você está assistindo na televisão e trazem informações sobre o produto, fabricante, e as promoções associadas. Você está assistindo um programa de televisão e aparece no canto da tela um indicador mostrando que existem informações adicionais disponíveis através do aplicativo. Você aciona o aplicativo, ele “ouve” o que está sendo apresentado e mostra a promoção associada.

Atualmente ter uma câmera em cima do seu aparelho de televisão para fazer vídeo-conferência com a família já é uma coisa bastante comum.

A novidade este ano é um software que usa a câmera para “olhar” para as pessoas que estão na sala e identificar o estado de humor de cada uma delas. O software foi desenvolvido em parceria com Paul Ekman, que desenvolveu o estudo e a análise de expressões faciais que acabou gerando o seriado “Lie to Me”.

Com este produto as empresas saberão a resposta imediata de suas campanhas publicitárias.
Os varejistas poderão usar o software para mudar uma determinada campanha que estejam sendo apresentada no KIOSK mediante a expressão facial de quem estiver na frente.

Levando para o mundo corporativo, eu fico imaginando o software dizendo “seu chefe acaba de ler o seu e-mail e não gostou…”

Muito provavelmente teremos, em breve, dispositivos “vestíveis” como o Google Glass para a equipe de vendas. Você entrará na loja e o atendente saberá o seu nome, sua idade, o que você gosta, o que ele deveria oferecer para você e como deveria atendê-lo. Em breve o tablet será coisa do passado.

As lojas estão começando a substituir espelhos por monitores de TV com câmeras. Você fica em frente ao monitor e ele se comporta, exatamente, como um espelho. Só que traz uma série de vantagens adicionais. Você pode tirar foto da roupa que está experimentando e compartilhar nas redes sociais. Você pode armazenar as fotos de todas as roupas que você experimentou e, depois, comparar as fotos e escolher a melhor alternativa. Você pode selecionar, virtualmente, uma roupa e “jogar” em cima da sua imagem, ou seja, experimentar virtualmente roupas mudando modelos e cores

É…. o futuro já chegou…

 

Publicado em: http://onegociodovarejo.com.br/eu-vejo-voce/

Identificação de proximidade

Alguns varejistas já estão usando esta tecnologia para rastrear passo-a-passo, o caminho que os clientes fazem dentro da loja.

Já alguns anos que ouvimos sobre o NFC (Near Field Communication) que permite a troca de informações sem fio e de forma segura entre dispositivos compatíveis que estejam próximos um do outro. Em Janeiro de 2013 a Google anunciou que estavam com 1.100 estabelecimentos comerciais em New York usando o seu Google Wallet – uma forma de pagamento onde o celular é a carteira digital e “conversa” com a “leitora de cartão” do lojista, sem necessidade de contato. No Google Wallet você pode armazenar seus cartões de crédito, cartões de milhagem e cupons de descontos.

A novidade este ano são algumas implementações usando uma versão do bluetooth que permite a mesma funcionalidade do NFC e a tecnologia iBeacon da Apple. Agora o que mais chama a atenção não é a tecnologia em si, já que o padrão ou o líder na categoria ainda não foram estabelecidos. O que chama a atenção são os potenciais usos que estão sendo apontados:

• Você chega no hotel e a proximidade do seu celular com o KIOSK da recepção gera o seu check-in automaticamente. O mesmo conceito poderá ser utilizado para check-in em vôos, cinemas e teatros, substituindo totalmente o “boarding pass” ou “bilhete de entrada”;
• Na hora do check-out você poderá fazer o pagamento usando o seu “Google Wallet” ou várias outras carteiras eletrônicas que surgirão;
• Você chega na porta do seu quarto no hotel e a proximidade do seu celular libera a porta. Neste conceito o celular vira um CRACHÁ que dará acesso a todas as portas de prédios, registrando, automaticamente o horário de entrada e saída;
• Nosso RELÓGIO DE PONTO, exigido por lei no Brasil, poderá ser substituído pelos celulares dos funcionários, com a vantagem de não apenas registrar a entrada e saída, mas registrar cada passo que o funcionário der dentro da empresa (até o tempo que ele ficou no banheiro J);
• Alguns varejistas já estão usando esta tecnologia para rastrear passo-a-passo, o caminho que os clientes fazem dentro da loja. Eles conseguem identificar, assim, áreas que precisam de algum atrativo para chamar a atenção dos clientes, ou peças de marketing que estão chamando bastante atenção;
• Alguns varejistas instalaram TOTENS (TVs de 84 polegadas) que, ao identificar que uma determinada cliente se aproximou, passa a mostrar produtos que ela gosta e tem hábito em comprar, ou promoções feitas especialmente para ela.

A tecnologia iBeacon promete ser uma revolução. Ela cria irradia sinais de rádio transformando o local em uma área de bluetooth. Com 3 aparelhos você consegue precisar a localização dos usuários. Com o iBeacon uma loja pode mandar uma mensagem para o cliente assim que ele entrar na loja.

Já alguns anos que ouvimos as novas gerações de vending machines. O Best Buy, principal cadeia de venda de eletro-eletrônicos, espalhou seus vending machines na maioria dos aeroportos dos USA. Você pode usar o seu cartão de crédito para comprar produtos de USD 50 a USD 3.500, como fontes de ouvido, iPods, hard-drives, e vários outros produtos orientados a quem está em trânsito.

No ano passado a Coca-Cola anunciou vending machines com uma tecnologia especial de armazenamento. O equipamento permite que você faça seu refrigerante misturando os ingredientes e criando milhões de alternativas. Através de uma tela touch-screen você pode pedir uma Coca, adicionar sabor de Cereja ou Baunilha, e misturar com uma pitada de limão.

A novidade este ano, é da empresa Sprinkles Cupcakes que instalou uma rede de vending machines (estão chamando de ATMs, como referência aos equipamentos bancários) onde você compra os seus Cupcakes. Este movimento pode fazer com que, no futuro, as lojas sejam um grande estacionamento de Vending Machines – com o estoque gerenciado pelos fabricantes. Associando esta tecnologia com PROXIMIDADE e análise do perfil do cliente poderemos ter um sistema muito interessante de vendas.

 

Dagoberto Hajjar – artigo publicado no site: O negócio do Varejo

http://onegociodovarejo.com.br/identificacao-de-proximidade/

Tendências no Varejo

A ADVANCE e a ESPM prepararam um evento especial para você se atualizar sobre as grandes tendências do varejo.
PARTICIPE!!!

Dia 26 de Fevereiro (quarta-feira) das 8:30 as 12:00
Endereço: ESPM, Rua Joaquim Távora 1240, Vila Mariana
Inscrições: (11) 5081-8200 ou candidato@espm.br
Na hora da inscrição diga que é convidado da ADVANCE e sua inscrição será gratuita.

Eu, Dagoberto, vou mostrar as novidades de tecnologia e como elas irão mudar a vida do consumidor e dos lojistas.

Programação
8:30 Welcome coffee
9:00 Abertura e boas vindas – Prof. Ricardo Pastore
Breve relato dos dois maiores eventos globais sobre varejo

9:30 Palestra: Tendências Tecnológicas e a Interatividade no PDV
Dagoberto Hajjar

10:15 Palestra: O ressurgimento da loja física e a hospitalidade no PDV

11:00 Talking show

12:00 Encerramento